quinta-feira, 7 de março de 2024

O dia que aprendi a te amar

 Era uma manhã de trabalho..

Achei que era um dia comum.

Aquele como qualquer um…

Dia árduo e com muita demanda…

Só conhece quem obedece e manda.

Despretensioso e atento…

Olhando para o alento…

Vi seu sorriso.

E que paraíso!

Ao olhar me apaixonei…

Fiquei tão desatento…

Perdi o tento..

Naquele momento, não tive o discernimento…

Achei que era só amizade…carinho…

Mas, já estava com o coração por ti todinho.

domingo, 17 de dezembro de 2023

Crazy O’clock




Tic tac, It’s crazy o’clock
When the doors lock
Tick ​​tock, it's crazy
Bells play loud sounds
Tic tac, it's crazy that beats
One minute ahead
Sixty seconds to protect
The hands don't get right
Tick ​​tock, the clock chimed
On discontinued long taps
Meaningless melodies
Time passes
At odds with the hours
Minutes, seconds, thousandths of hours
They disappear like sand in an hourglass
The restless mind
Moves very quickly 
Tick ​​tock, it's the crazy clock

terça-feira, 28 de novembro de 2023

Fez-se a vida (após o suicídio da morte)



Após o suicídio da morte fez-se a vida

Nada mais abalava a escuridão

Ela queria ser luz

E trazer a alegria que a conduz

Que estava oculta

Mas, era absoluta

As arvores voltaram a sorrir

O céu voltou a brilhar

E o pobre moribundo, encontrou seu mundo

Onde contos de pequenas fadas atraiam a chegada

De borboletas saindo do casulo

Traziam a saída

Para voltar e curtir

Sentir

Voltar a encontrar

O seu caminho longo e distante de positividade ambulante

Os bichos, o Elefante

Com sua tromba a jorrar...

Milhares de borboletas a voar

Pelo arco íris cintilante 

Pelos olhos brilhantes

Daquele que o caminho encontrou

Ao ver Ele

O suicídio da morte



A falta de respiração já causa distúrbios

Procuram-se espasmos em subúrbios

As ruas escuras já começam a clarear

Com um pulso que insiste a pulsar

Paradas cardíacas não existem mais 

O apelo pela morte se traz em vida

Buscando a sua despedida

Fazendo os batimentos entrarem em ativa

Tornando o suicídio da morte como alternativa

Uma vez mais seguida

Mataram o suicídio em prol da vida

terça-feira, 14 de novembro de 2023

A Janela Do Silêncio




Um dia sem ventar

Sentado a dispensar

Palavras no silêncio de uma janela fechada 

Um desfoque do foco 

Uma mudez entoada

No silêncio eu estoco

Uma lucidez mal planejada

E descubro na janela 

O silêncio da loucura almejada 

sexta-feira, 17 de junho de 2022

tRaNsToRnO mUlTiVeRsO dA lOuCuRa





TiC tAc...

tIc TaC...

TIC TAC...

Tic tac, a apneia começa a tocar...

Os segundos de loucura a chegar...

Vidros quebram...

Paredes se vão...

Dores, decepção...

Não adianta tentar...

O sufuco, a raiva, a dor...vão te pegar.

Exploda as emoções...

Contenha os surtos por milésimos.

Em intervalos respiratórios, intensos e sem ar.

Os olhos ardem a insônia febril...

Um sono, um ressono, um transtorno...

Obsessivo, compulsivo...aleatório.

Uma multidão sem plateia, um oratório..

Dói na alma, enfrenta os dragões...

Suicídio compulsivo dos padrões.. 

A dor, algo que não podemos mensurar.

Alguns estão a sentir, outros estão a causar.

Fica vagando pelo corpo…

Abrindo as fendas dos multiversos dessa loucura...

De remédio em remédio…

Volto a respirar o meu sufoco.

Até me tirar do tédio…

Uma licença aqui…

Outro médico ali…

Mais doses...

Momentos intensos de alegria na tristeza...

Sorrisos macabros e sem avareza...

Indelicadeza..

Daquela nobre Realeza...

Que se diz conhecer a Razão...

Mas nunca entendeu o caminhar e a escuridão.

Como viver e dizer?

Como dizer e fazer?

Mais uma dose então...

Indecisão, insegurança...

Dos impulsos, dos choros, das dores, da incompreensão... 

Escolhas em vão.

Doenças, sequelas, choros...

Lá se vai um remédio, uma oração...

E vamos fazer o complemento da loucura.



quinta-feira, 20 de maio de 2021

Jornada Do Poema

 



Nada como um poeta perdido.

Ali, aqui, acolá...

Rio acima ele está..

Para lá...

Ele vai sem rimar.

Com traços subversivos...

Apaga o texto...escreve o céu...

Subtendido e indefinido...

Luzes...Luzes...LUZES!

Trovões solares em  nuvens aritméticas...

Foi o poema...

Descrito, transcrito, escrito...

Amassado e formado entre pontas quebradas e apagões..

Giz, borracha e canções...

E assim foi...

Ficando claro que as curvas já não cabiam no papel.

Os traços inconstantes e perfeitos, seguiam as três direções...

Cabeça, papel e coração, qual seria a mais certa dimensão?

Um arquivo fácil de achar e difícil de decifrar...

Com palavras, sílabas e ciladas...

Cada letra fazia a sua jogada...

E no final, ao encontrar um jangada...

Rimou e remou a sua entoada.