quinta-feira, 20 de maio de 2021

Jornada Do Poema

 



Nada como um poeta perdido.

Ali, aqui, acolá...

Rio acima ele está..

Para lá...

Ele vai sem rimar.

Com traços subversivos...

Apaga o texto...escreve o céu...

Subtendido e indefinido...

Luzes...Luzes...LUZES!

Trovões solares em  nuvens aritméticas...

Foi o poema...

Descrito, transcrito, escrito...

Amassado e formado entre pontas quebradas e apagões..

Giz, borracha e canções...

E assim foi...

Ficando claro que as curvas já não cabiam no papel.

Os traços inconstantes e perfeitos, seguiam as três direções...

Cabeça, papel e coração, qual seria a mais certa dimensão?

Um arquivo fácil de achar e difícil de decifrar...

Com palavras, sílabas e ciladas...

Cada letra fazia a sua jogada...

E no final, ao encontrar um jangada...

Rimou e remou a sua entoada.