sábado, 10 de novembro de 2018

Sobre um silêncio barulheto


Havia uma claridade.
Em um beco da cidade...
Um casebre ali se encontrava..
Com as portas abertas para imensidão..
E num vago instante se sentava...
O poeta e a multidão...
Ali o silêncio imperava no ruído ensurdecedor da sala vazia.
O poeta escrevia.
O prefácio saia..
Ele, magia.
Via...
E olhava a triste tinta...
E alegrava o papel!
Sua mente eclodia novos pilares.
Eram cantos circulares onde ninguém passava.
Paredes curvas com instantes retos...
Ali não havia nem um inseto.
Como um todo cheio de nada..
Ali...
Histórias e livros ali havia.
Altas eram as ideías...
Vibrava a Plateia...
Alcoolizada a plateia estava...
Litros e litros.
Embebidos em palavras mudas.
Fortificada em frases e ventos...
Como um motim de brisas surdas...
Aquela voz, silenciosa e aguda ouvia...
Ouvia.
Via...
Fazia...
Vazia.