terça-feira, 12 de junho de 2007

A PAREDE



Existem marcas, marcas de rejunte na Parede já pintada do coração.
Os vasos de flores que ali estavam já não são regados...
Os ganchos que os sustentavam cairam com o seu primeiro não.
Uma queda capaz de abalar toda a estrutura sustentável da Parede...
A casa perde o brilho, o chão se abre, a Parede perde a alma...

4 comentários:

  1. Marcelo, grande, nem acredito que já vejo tanta poesia em tão pouco tempo. Isso é serio. Eu estou feliz por ler você, agora. Tenho certeza que vai longe...

    "Os vasos de flores que ali estavam já não são regados..."

    iSSO É BELO. daquelas passagens que paramos pra forçar a imaginação...

    Depois comento mais com vc, so queria desabafar que estou muito satisfeito por ter ganho de presente um companheiro de palavras. Muito bom.

    Abraço imenso!!

    ResponderExcluir
  2. Escrevi algo para vc. depois irei te mostrar.

    ResponderExcluir
  3. Parede representa o sustentáculo, conforme ela vai cedendo algumas coisas se perdem, esfarelam-se. Muito bom. Há braços!


    Antônio Alves
    No Passeio Público
    Postagens às quartas e domingos

    ResponderExcluir
  4. Querido Filho Marcelo,
    Desde muito pequeno que você foi apresentado à literatura, arte e poesia. E gostava tanto que logo se tornou leitor constante tanto dos livros de casa quanto daqueles da biblioteca escola e os da Biblioteca Monteiro Lobato.
    Inúmeras vezes eu lia para você e seus amigos para depois brincarmos de teatro fazendo tanto arte como manhas. Brincando e aprendendo juntos.
    A semente estava plantada, e já o vaso não precisa das costumeiras regas, pois ele já sabe como usufruir da umidade existente no ar.
    Beijos de Marta

    ResponderExcluir