quinta-feira, 20 de maio de 2021

Jornada Do Poema

 



Nada como um poeta perdido.

Ali, aqui, acolá...

Rio acima ele está..

Para lá...

Ele vai sem rimar.

Com traços subversivos...

Apaga o texto...escreve o céu...

Subtendido e indefinido...

Luzes...Luzes...LUZES!

Trovões solares em  nuvens aritméticas...

Foi o poema...

Descrito, transcrito, escrito...

Amassado e formado entre pontas quebradas e apagões..

Giz, borracha e canções...

E assim foi...

Ficando claro que as curvas já não cabiam no papel.

Os traços inconstantes e perfeitos, seguiam as três direções...

Cabeça, papel e coração, qual seria a mais certa dimensão?

Um arquivo fácil de achar e difícil de decifrar...

Com palavras, sílabas e ciladas...

Cada letra fazia a sua jogada...

E no final, ao encontrar um jangada...

Rimou e remou a sua entoada.

sábado, 27 de junho de 2020

Um


Um número...
Um caminho...
Um jogo...
Um estudo...
Um monte!
Um momento.
O que fazer?
Não sei ainda...
Hum, um tanto quanto...
Hum, um tanto...
São tantos uns, que eu me perdi.
Um...uns...
Uma!
Talvez se eu somar, eu encontre a forma certa para seguir...
E enfim, ir.

quarta-feira, 24 de junho de 2020

Efeitos Pandêmicos

Pandemia..
Monotonia...
Momento de terapia!
Acordo ainda é escuro.
Será um sonho?
Obscuro..
Me curo!
Uma borra de café...
Uma bolacha no chão...
Fui voando a pé...
No caminho da contramão.
Então...
Trim, trim!
O despertador a soar!
Já são 07:15, vou despertar!
Mas, pera...a janela está voando!
Que loucura...será que estou sonhando?
Já nem sei dizer...
Será que vou enlouquecer?
Dentro de quatro paredes em um mundo aberto...
Nem sei ao certo!
Vou ali na sala, vou ali na porta...
A parede, todo torta!
Torta...
De morango ou chocolate?
Esse relógio marca 03:20, que disparate!
Ouço uma voz...
Me chamando...
E vou, aos poucos despertando.
E percebo que ainda estou no sofá.
Com a xicará virada...
O prato caído...
Tudo agora faz sentido!
Percebi a sacada.
Sentado, dormindo a sonhar!

segunda-feira, 16 de março de 2020

Um dia de controversos


E lá vai a luz...
Raiando no infinito do escurecer...
Infinitamente infame...
No infinitivo...
Pessoal...
Impessoal...
Imperfeito...
Imerso em um dia D...
Pá...
Palato...
Palavras...
Palavrões...
Nem sei ao certo as suas razões.
Comecei as cegas a escrita de bordões...
Aí pontuando a falsidade...
Versejei a verdade...
A que a vida ensina...
E demonstra na rima...
Mas, na busca estão as palavras...
Por aqui...
Por ali...
Acolá!
Nem todas as palavras são verdadeiras...
Pera lá!
O que é, o que é?
Uma palavra qualquer.
E eu que me julguei forte...
E eu que me senti poético...
Serei um fraco quando outras delas vi.
Nesse papel, vai verso por verso..
E no controverso...
Cabe uma tonelada..
Palavras...
Algumas nem ao menos inteiras.
Pode ser uma sina...
Ou algo sem rima.
E assim foi.
Aprendi com os versos a remar...
A buscar novos ventos e poetizar.
Nesse vai e vem para cima.
Alguma história me fascina.
Ensina...
Assina...
Assina palavras e fortalece estrofes...
Nem sei ao certo se queria versejar.
Mas buscando o incerto...
Aprendi a rimar.
Aspirador de memórias...
Me roubo o aperto..
Certo..
E afrouxando as palavras...
Me dou a chave das histórias.
Que jogadas em palavras ao vento...
Vão.
As melhores que ainda serão escritas.
E quem sabe contadas, ou versejadas...
Por um louco trovador de cervejas...
E bebedor de poesias!

sábado, 18 de janeiro de 2020

Mistério Decifrável


Um estranho conhecido me falou...
Que as palavras a tempo deixou.
Buscava versos sem rima.
Baixa...estima.
Até então não entendi.
Já nem sei o que vi.
Então, corri, pulei e sorri.
O destino...
Indecifrável e complexo.
Nem em dias normais a louvar os céus.
Caí em versos de fel...
Estranho...
Entranho....
O acordo para adivinhar o nosso nexo.
Assinaturas em branco...
Em pranto...
Observe...
O que sangrará as paredes importunadas...
Serve...
Para lavar as almas calejadas.
Peça mais atenção...
Descubra o indecifrável.
Viva a cada razão.
Contemple o seu último livro.
Leia as frases apagadas.
Escreva versos.
Não leve o tempo a sério, jogue fora o relógio.
Coloque a culpa no que é bom.
Veja o que o dia te oferece.
Olhe a luz apagada no céu de relâmpagos.
Exagere, faça algo impensável.
Descubra o infinito.
Seja responsável.
Decifra o mundo.
E ensino a sobreviver...
Nesse estranho e misterioso mundo.
Em que o seu mistério é nossa maior certeza.

quinta-feira, 7 de março de 2019

Troglo...Ditado


É assim nesse punhado...
Que prosearei do Troglo...Ditado...
Um grosseiro apaixonado.
E se houver reparado.
Tudo é bem sequenciado!
Do campo havia retornado...
Flores havia catado.
Após um dia puxado...
Na floresta tinha caçado e brigado!
Ah maldito soldado.
Só porque estava deitado...
E com a lança havia o acertado...
Sorte não o ter machucado.
Com raiva ele havia ficado...
E o Troglodita havia socado.
Um soco bem dado!
Para a aldeia havia voltado!
Na taberna havia parado.
Cansado e com um dente quebrado, o Troglodita cantarolou um fado!
E lá sentado de lado, o Bastardo do aliado, lançou-lhe um dardo!
- Você está alucinado! Perguntou o Bastardo
- Não, estou apaixonado! E quando se tem amado, você cantarola um fado! Cantou o Troglo...Ditado.
E assim, neste achado, fica o recado!
Que apesar de ter apanhado, o Troglo...Ditado continuou apaixonado.

Uma mente que sente


Indolor é a cor da mente.
E por canais criativos ela sente.
Sente rasuras...
Sente escritas...
Sente poesias!
São tantos sonhos que nem sei por qual pesadelo começo.
Uma trovoada de fluídos sensoriais...
Diluídos em estrofes colossais.
Resenhas de ensino fundamental...
Uma epopeia mental!
Aí se vai...
O poeta cai!
E sua caneta segue...riscando...
Algumas tentativas de reinventar a escrita...
Buscando na mente a palavra dita...
Uma caneta rasga a nuvem do sonhar...
Inúmeras fases caem em frases...
Frases completas...complexas!
E o poeta sente...
É algo forte!
Que sorte!
Que descobre a mente.