quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

O verso do complexo desconhecido

Aqui jaz um verso...
Sem pai nem poema..
Desiludido...
Desconstruído.
Uma mãe de um versejo qualquer...
Gravidez pálida...
De páginas em branco e cheias de conteúdo.
Nem conheço aquela estrofe...
Sem prece não sofre...
Vai vagando por aí...
E o autor tenta se encontrar...
Mesmo assim sem assimilar os nossos contextos...
Desconheço...
Poetizo...
Sigo.
Vejo...
Paredes perdidas em palavras pregadas...
Sensores sem sentido...
Sentindo as batidas...
Pregos vibrando...
Livros chorando.
Sem preceitos e pré conceitos...
Mas o poeta não desiste...
Vai em busca do pai do poema...
Corre...segue em busca...
Sem enxergar que o filho é seu.

2 comentários:

  1. Muito bom!!! Meu poeta preferido!! 😘

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  2. Quantas vezes cremos que as mãos estão vazias, que os ouvidos estão moucos ou as palavras se calaram. Entretanto basta nos colocarmos disponíveis e amorosos conosco e constatamos que as mãos cheias de palavras foram expressas e os ouvidos estavam lá ávidos por as ouvir.
    Beijos de sua mãe Marta.

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